domingo, 31 de março de 2013

Chegou.

Chegou o tempo em que os amores pela metade já não são tão divertidos,
o tempo em que um pouquinho de atenção já não preenche, beijos vazios dão náuseas.
Chegou o tempo em que você começa a notar que está cada vez mais em lugares cheios
de pessoas vazias. Nada te soma, nada te subtrai.
Chegou o tempo em que é preciso revirar as gavetas, jogar as coisas e os sentimentos que não servem mais fora.
Chegou o tempo de arriscar. Entrar nesse barquinho parado à sua margem e navegar. Rumo à lugares inteiros, pessoas inteiras, amores e sentimentos completos.
 Chegou o tempo do real, da vida, do valor. Vida de carne, osso e sangue, sem mistificações.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Eu.

De repente eu me cerco de milhares de sensações.
Essas sensações fazem parte de mim, fazem parte desse papel.
Eu lírico, eu cômico, eu tragédia, eu grão de areia, eu vulcão.
Eu silencio, eu grito, eu me apavoro, eu até choro, e eu escrevo.
O meu eu traga as palavras, e a fumaça é poesia.
Poeta é o nome que se dá aos vários "eus" que amam a sua lida, a sua vida,
as amarguras, as gostosuras, os desgostos e a doçura de ser o que é,
de sentir por um, por muitos e por nenhum.