quarta-feira, 18 de setembro de 2013

TPM

Tô de TPM e vim escrever poesia
pra manter a cabeça mais cheia,
esquecer que ela é tão vazia.

Tô de TPM e escrevendo a minha poesia
eu vou tentando digerir até a minha hipocrisia.

Tô de TPM e vim mostrar pro mundo,
que escrevendo eu assumo
esse ser horrendo e ao mesmo tempo exuberante
quando a minha mente atua pra provar que TPM nenhuma
faz de mim uma mulher "mulherzinha", inútil ou coisa alguma.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Se...

Se eu pudesse crer...
se eu pudesse crer em você.
Se eu pudesse ter

Se eu pudesse te ler,
meus dezembros não seriam iguais,
muito menos os meus carnavais.

Se eu pudesse não ser só fantasia
eu não sentiria essa azia ao ter que me lembrar de você.
Se eu pudesse tudo isso, eu seria mais que fantasia,
eu seria mentira
eu seria igual a você.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Lençol.

Vem cá, que hoje eu vim te chamar
pra estrear o nosso primeiro lençol de casal.
Vem cá, e diz que vai ficar, pra gente começar a navegar
rumo ao início da nossa pequena grande história, rumo à busca
do nosso novo ar.

Vem cá, e diz que vai ficar.
E sem coisificar esse nosso lençol que eu prefiro chamar de mar.
Hoje eu acordei meio Alice, no país das Esquisitices,
que pra nós é o mesmo que o das Maravilhas.
Que pra nós é mais ilha, do que país.

E veja só que lençol mais pluriamor,
nele nos cobrimos sem nenhum pudor.
Além do meu amor, ele vai aconchegar todas as nossas vontades,
o nosso barco, nossas lágrimas e até a nossa maldade.
Vem cá, mas vê se não chega tarde, pra não ser tarde demais.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Carta.

SP - sem data.

Aos seus descasos, atrasos, e ao nosso fracasso:

Que pena...
Que pena que eu não possa contar que você valeu a pena.
E... que pena! Você que se dizia tão grande, tem essa alma tão pequena.
A mão que escreve essa carta, hoje está farta de pena da sua alma pequena,
e não pensa nunca mais em fazer amor, nem mais amor, e nem por favor...
O meu afeto perdeu o teto, porque há tempos estava sem chão. Nunca consegui lidar
com pessoas sem coração.
Isso pode até parecer um poema. Pra mim, parece mais um problema.
Isso pode até parecer uma carta, mas é só um bilhete de despedida (comemorando) a sua ida...

PS: Deixei suas coisas na portaria. Por favor, não se espante se a caixa estiver vazia. Foi tudo o que eu consegui juntar de você.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Amor com a letra 'A'

Encontrei amor na letra 'A' do seu nome...
Não é estranho carregar com a gente tantos sonhos e planos, 
não é estranho eu viver assim, aqui esperando.
Porque eu quero esperar.
Não é dolorido vê-lo partir, pois, quero te se sentir voltar.
E volta... Mas, volta como se nunca tivesse ido e tatua essa letra 'A' em mim.
Você me roubou, e me devolveu coisas que eu não sentia quando eu era somente eu.
E agora, mais do que eu um 'eu' sozinha, eu sou com 'eu' com você, e por você.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Flores.

Eu. Até mesmo eu, fanática por experiências traumáticas,
fanática por sussurros e frações de segundos regados de intensidade, acordo uma vez ou outra com uma vontade enorme de ser acordada por um entregador de flores. Vontade de receber um Ursinho Carinhoso com arco-íris tatuado na barriga...
Vontade de desmaterializar todos os meus sonhos, me sentir pura outra vez. Pura para sentir os sentimentos que eu sentia, e que não vinham carregados de incerteza, e amargura. Sentir como se nunca tivesse sentido, e sentir como se ninguém tivesse destruído o que eu tinha a oferecer sem querer receber nada em troca - nem mesmo essas tais flores numa manhã de carência.
E, na essência desse pijama de flanela florido, com as unhas dos pés pintadas de vermelho eu me vejo tão criança. Mais do que eu deveria me sentir. Talvez por nunca ter ganho flores.
Abri a porta essa manhã e não me deparei com nada que não fosse habitual. O dia cinza me sorriu. Dei de cara com uma coragem que eu ainda não sei de onde veio, mas, eu decidi plantar as minhas próprias flores...  Flores no jardim, flores em mim, para nunca mais precisar esperar flores de ninguém.


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Namorado.

Namorados de verdade fazem jus a essa palavra e se mantém 'enamorados', apaixonados e encantados todos os dias. E, isso não é impossível.
Namorados são aqueles, que por mais que tenham se visto apenas duas, ou três vezes, trocaram carinhos, e um afeto que poderia render anos...
Namorados são aqueles que não preocupam com nenhum tipo de status de relacionamento, se o amor está ativo, e vivo.
Namorar é tirar o "na" do início da palavra e só morar, fazer morada, num colo, num peito, no abraço, no amasso e no coração da pessoa que a gente aposta e gosta.