domingo, 30 de dezembro de 2012

Ressaca

Pintei o cabelo, troquei  de espelho. Mas, a minha cara continua a mesma. Ainda não invetaram um tipo de Engov pra tirar a cara de ressaca que o amor, que a falta de amor deixa.
Não sei o que dói o mais: o estômago, a cabeça, ou a razão. A razão que a gente perde por achar que é imune, a razão que a gente perde e nunca assume.
Acordei bem disposta - a dormir outra vez. Já que não inventaram nenhum remédio que cure essa ressaca crônica após embebedar-se de sentimentos que você tem certeza que nunca vão voltar a ser sentidos, dormir evita ressaca. Como se só dormir resolvesse...
Acordei outra vez. E dessa vez eu tinha uma fechadura, e chaves novas.
Eu te tranquei, e sai. Eu sai da minha vida que já era sua. Inventar uma vida nova, pra mim já não era tão difícil. Eu encontrei o remédio: eu engoli a chave, e não olhei pro que eu deixei.
Acordei mais uma vez - Eu tô sem ressaca.

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